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Várzea Portos - Uma porta aberta ao desenvolvimento
José de Jesus Oliveira, conhecido industrial e autarca da freguesia de Várzea do Douro, no concelho de Marco de Canaveses, vive de perto o problema da concorrência de preços dos outros países, relativamente ao escoamento e transporte, sobretudo de granitos. Este facto levou-o a sonhar com a construção de um cais fluvial de grandes dimensões, por forma a servir melhor os empresários do sector, uma vez que o forte da exploração de granitos se situa nos concelhos de Marco de Canaveses e Penafiel, do lado direito do rio Douro.
Concretizando esse sonho, aquele industrial avançou com o projecto de construção de um porto fluvial na margem direita do rio, exactamente a dois ou três quilómetros da zona de exploração de granitos, 'facto que permite uma potencial oferta com maior dinamismo em termos de logística e da melhoria de preços, para assim poderem fazer frente aos praticados pelos nossos principais adversários que são os chineses e os indianos', referiu o proprietário da empresa construtora do referido cais, que dispondo de um espaço físico de cerca de 40 mil m2, 'vai possuir condições que permitam rentabilizar melhor o sector na região e ao mesmo tempo, rentabilizar os navios, que vão poder trazer cargas de ferro, aço, madeira e cereais e no retorno carregar os granitos, permitindo assim um melhor e maior desenvolvimento no escoamento dos produtos e beneficiando o operador, concessionário e armador'. Carregamentos em apenas três horas Recorde-se que a empresa construtora do cais da Quinta de Várzea, em Várzea do Douro, é a mesma que construiu o cais de Bitetos e de Escamarão, estando José Oliveira também ligado à empresa concessionária 'Várzea Portos', uma entidade que dispõe de um amplo espaço para carregamentos e armazenagem de produtos, de um enorme potencial de equipamento e pessoal habilitado.
Este conjunto de circunstâncias leva-nos a poder dar resposta com a maior rapidez possível, ou seja, conseguimos carregar em média 500 toneladas por hora, o que permite carregar estes navios em pouco mais de duas ou três horas, e com a vantagem de que o navio pode entrar na barra com a maré alta, sobe o rio, faz o carregamento e pode regressar ao mar na próxima maré', esclareceu aquele empresário.
Embora o cais da Quinta da Várzea ainda se encontre em fase de construção, a 'Várzea Portos' procedeu já a três carregamentos de navios, o primeiro a 20 de Abril e os dois últimos no espaço de uma semana, o último dos quais presenciamos e que contou também com a presença de operadores, armador e agente económico ligado à 'Willie', responsável pelo aluguer de navios com estrutura adaptada às eclusas dos rios e aos vários canais da Europa.
Relativamente ao novo cais fluvial, trata-se de uma unidade que, segundo José Oliveira da 'Várzea Portos - Operações portuárias, S.A', pretende ocupar o pessoal do sector das areias e criar novos postos de trabalho, dando ao mesmo tempo possibilidades às empresas do sector dos granitos e outros, de aqui poderem efectuar os seus carregamentos directamente para os países de destino.
Já existe o cais de Sardoura, concessionado a uma empresa marcoense mas que é quase absorvido somente por essa empresa, daí nós criarmos agora novas perspectivas às outras empresas do sector, que podem assim utilizar o cais à vontade. Da nossa parte, apenas transformamos toneladas em serviços, criando novas expectativas às empresas e aos agentes por forma a que possam rentabilizar mais e melhor, garantiu José Oliveira da empresa concessionária.
Retirado do Jornal 'A Verdade' - Marco de Canavezes